quarta-feira, 15 de julho de 2009

3.

Sempre tão certo dos teus motivos.
Soubeste-me bem.
Vivi de ti. E vivi contigo. Foste meu, o tempo suficiente para perceber que ninguém é de ninguém. Ainda mal te tinha tomado e tu já tinhas ficado. E quis que ficasses mais. Mas tu voaste e o tempo ajudou. Nem nos deu espaço para o pouco ou muito que nos ficou sempre entalado e mais tarde era arrotado com palavrinhas bonitas e depois engolidas outra e outra e outra vez.
Quando decidiamos falar certo, de certo já nos parecia tarde mas tu davas um jeitinho com jeito e voltava tudo ao mesmo.
Bem dito muro. Bem ditos amigos. Bem ditos olhos que nos abriram os nossos.
Bem dita lua e bem dito sol.
Bem dito sejas tu. Que não me largas e que nao me deixas largar-te.
Soubesses tu o quão dificil é tentar-te. O quão dificil é esperar-te
porque acabo sempre por lembrar a espera de dois passos tomados por ti, em frente, e um tomado, pra atrás, por mim, o qual me arrependo, todos os dias. (...)

(To Be Continued..)

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